O que é?

 

Por vezes deparamo-nos na prática clínica com crianças que reportam ter tido um ou vários episódios de luxação da rótula.

 

O episódio inaugural pode decorrer na sequência de uma queda, traumatismo direto ou rotações do joelho. Este episódio é normalmente acompanhado de derrame (inchaço) e dor.

 

A maior facilidade com que a rótula luxa pode refletir a existência de alterações estruturais no joelho da criança.

 

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Causas

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A instabilidade da rótula pode ser causada por várias razões, incluindo:

1. Anatomia: Uma anatomia anormal da rótula ou do sulco femoral pode predispor a instabilidade. 

2. Lesões Anteriores: Lesões prévias no joelho, como entorses, podem enfraquecer as estruturas de suporte da rótula.

3. Fraqueza Muscular: Músculos fracos que não fornecem suporte adequado à rótula podem contribuir para a instabilidade.

4. Desequilíbrio Muscular: Um desequilíbrio na força dos músculos que rodeiam o joelho pode levar à má função da rótula.

5. Atividades de Alto Impacto: Atividades que envolvem saltos,  ou mudanças de direção frequentes aumentam o risco da instabilidade.

6. Condições Subjacentes: Algumas condições, como adisplasia patelar, podem tornar a rótula mais suscetível a deslocamentos.

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Sintomas

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A luxação pode passar despercebida, no entanto existem sintomas que nos podem alertar para a patologia: dor anterior do joelho (que se acentua a subir e descer escadas ou com o joelho fletido por tempos prolongados) e instabilidade (falta de confiança e falha do joelho particularmente na prática desportiva).

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Os sintomas da instabilidade da rótula podem incluir:

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• Dor na Frente do Joelho: A dor geralmente é sentida na frente do joelho (anterior) e pode ser aguda durante uma subluxação ou luxação.

• Sensação de Deslocamento: Algumas pessoas relatam  sensação de que a rótula está prestes a sair do lugar.

• Inchaço e Inflamação: Após uma subluxação ou luxação, pode sentir o joelho  inchar e ficar quente - inflamado.

• Limitação da Mobilidade: A instabilidade da rótula pode limitar a capacidade de esticar completamente a perna.

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Tratamento

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Como Métodos Complementares de Diagnóstico e Tratamento é frequente a realização de Rx, TAC e/ou Ressonância Magnética Nuclear do joelho. O diagnóstico é então confirmado pelo seu cirurgião de joelho atendendo aos achados na história clínica e às anomalias encontradas nos Métodos Complementares de Diagnóstico e Tratamento.

 

O tratamento é inicialmente conservador, podendo ser aconselhada a imobilização temporária, a realização de carga parcial, a crioterapia, analgesia e mesmo utilização de anti-inflamatórios.

O tratamento conservador inclui o encaminhamento para consulta de medicina física e reabilitação.

 

O tratamento cirúrgico pode ser uma opção para as crianças que mantêm episódios de luxação (recidivantes) ou que mantenham queixas de instabilidade apesar do tratamento fisiátrico e da utilização de ortóteses.

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Existem múltiplos procedimentos cirúrgicos descritos no tratamento desta patologia, sendo que atualmente uma das técnicas mais populares consiste na realização da Reconstrução do Ligamento PateloFemoral Medial. Esta técnica tem demonstrado melhoria clínica transversal em diversos estudos científicos.

 

Resumo das opções de tratamento:

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1. Reabilitação: Fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor do joelho e melhorar a estabilidade.

2. Tape ou Bandagem: O uso de fita ou bandagens especiais pode ajudar a manter a rótula no lugar durante a atividade.

3. Órteses: O médico pode recomendar uma órtese, como uma joelheira, para fornecer suporte adicional.

4. Cirurgia: Em casos graves ou recorrentes, a cirurgia pode ser necessária para corrigir problemas anatômicos ou fortalecer os tecidos ao redor da rótula.

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Para diagnóstico ou discussão sobre vantagens e desvantagens do procedimento cirúrgico aconselhe-se junto do seu Cirurgião de Joelho.